terça-feira, 22 de junho de 2010

NBA como benchmarking


O Los Angeles Lakers conquistou pela 16a vez o título da NBA ao vencer o Boston Celtics na 7ª partida da série final.
Mas tão importante quanto a espetacular conquista são os números envolvidos na NBA (National Basketball Association).
Só a transmissão dessa última partida registrou um índice de 18,2 pontos para a emissora ABC, onde cada ponto representa 1,15 milhões de lares com televisão nos EUA.
Estima-se que cerca de 25 milhões de pessoas tenham acompanhado a partida só naquele país, tal audiência não ocorria desde 1998 na decisão entre Chicago Bulls e Utah Jazz, que atingiu 35,9 milhões de espectadores.

A NBA nasceu em 1946 adotando o nome de Basketball Association of America (BAA) e com 11 times filiados.
Seu crescimento não foi fácil, sendo que em 1954 apenas 8 equipes disputaram a competição. Até que surgiu um jogador chamado George Mikan, que com um desempenho excepcional conquistou 5 títulos seguidos pelo Minneapolis Lakers, e tornou-se o 1º ídolo do basquete, aumentando assim a popularidade do esporte. Esse fato foi responsável pelo aparecimento frequente e contínuo de novos ícones como Wilt Chamberlain, Kareem Abdul-Jabbar, Magic Johnson e Michael Jordan, entre outros, e serviu de base para impulsionar o crescimento do esporte.


Atualmente a liga abriga 30 equipes nos EUA e Canadá e foca sua estratégia na internacionalização da marca, trazendo jogadores estrangeiros para fazerem parte de suas equipes e realizando as pré-temporadas em outros países.
Possui ainda escritórios no exterior e adota junto a federações e ministérios locais, programas de ensino sobre as técnicas do esporte aliados à educação sobre questões sociais.
Como consequencia dessas iniciativas, seus jogos são transmitidos para 215 países em 43 idiomas diferentes.
Existem ainda projetos que consideram a hipótese de incluir equipes da NBA em ligas existentes fora dos EUA.
Além das ações citadas, muitas outras foram adotadas para a popularização do esporte, tais como aprimoramento das regras, melhores transmissões, licenciamento de produtos, engenhosas negociações comerciais, etc.

Um estudo realizado pela revista Forbes tomando como base a temporada 2008-2009 apontou o Lakers como a franquia mais valiosa da NBA (US$ 607 milhões), seguida pelo New York Knicks (US$ 586 milhões), Chicago Bulls (US$ 511 milhões), Detroit Pistons (US$ 479 milhões) e Cleveland Cavaliers (US$ 476 milhões).
Esse mesmo estudo apurou que no período, o Los Angeles Lakers obteve um  lucro operacional de US$ 51,1 milhões, diante de uma receita de US$ 209 milhões.

Todos esses números referendam a NBA como um ótimo exemplo para as confederações e demais entidades ligadas ao esporte de como as ações de marketing podem ser eficazes para transformar uma modalidade de pouco apelo popular num case de sucesso.


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