terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Under Armour


Imagine estar num bloco de largada tendo ao lado Usain Bolt, Yohan Blake e Justin Gatlin, os três medalhistas dos 100 m em Londres. 
Já pensou como seria estar numa quadra de vôlei tendo à frente a seleção dirigida pelo Bernardinho?
Ou, ainda, sendo escalado para marcar o Fred numa partida de futebol.
Tarefas árduas...
Agora imagine ser gestor de uma empresa de material esportivo que tem como concorrentes gigantes como Adidas e Nike. 
Na verdade, existem várias empresas nessa situação, mas aqui abordaremos a Under Armour por ser uma empresa bastante jovem e pelo fato de estar num momento em que precisa tomar novos rumos em relação ao mercado.

A história da criação da empresa é mais um daqueles cases em que a identificação de uma necessidade leva a uma solução, que por sua vez passa a ser comercializada em grande escala. 

Nesse caso, a insatisfação de Kevin Plank, um jogador de futebol americano da Unversidade de Maryland, com os efeitos do suor no uniforme – desconforto e peso – levou-o a desenvolver no porão da casa de sua avó uma camiseta de alta compressão, que, além de minimizar os efeitos da umidade, ainda proporcionava conforto ao atleta. 
Muitos foram os estágios de desenvolvimento do produto, assim como da estruturação da empresa, até que em 1996 foi fundada a Under Armour Athletic Apparel. 
O nome da empresa foi inspirado na utilização do produto desenvolvido, debaixo da armadura. 
Apesar de armadura ser a forma como é conhecido o uniforme de futebol americano, os produtos da Under Armour são utilizados por atletas das mais diversas modalidades, inclusive no futebol, sendo a fornecedora da equipe do Tottenham da Inglaterra. 
Resistir à tentação de narrar fatos curiosos da trajetória da criação da empresa é bastante difícil, mas para que o artigo não fique muito extenso é prudente passar para o momento em que a Under Armour se encontra. 
Desde o início de sua operação, a empresa atua aliando alta tecnologia e cores arrojadas aos seus produtos e se posicionando como uma marca “feita para atletas por atletas”. 
Entretanto, foi detectado que para obter melhores resultados na competição com os gigantes dessa indústria, algo de diferente precisa ser feito. 
Os principais alvos da nova estratégia serão: 
  • maior participação no mercado externo, pois apenas 6% de seu faturamento vêm de outros países. 
  • focar o público feminino, o que também trará reflexo em regiões europeias. 
  • buscar novos canais de distribuição, pois nos tradicionais, responsáveis pelos grandes volumes de vendas, é mais difícil encontrar espaço para passar a mensagem de alta tecnologia de seus produtos.
  • trabalhar mais fortemente o comércio eletrônico, de forma a promover também uma interatividade entre empresa e consumidores. 
É cedo para saber como se sairá a Under Armour, porém, vale notar que esse atual estágio em que se encontra, já foi vivido por várias empresas que iniciaram suas operações trabalhando um dado conceito, mas que a busca por novos mercados as fizeram flexibilizar. 


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