terça-feira, 17 de setembro de 2013

Erros indiscustíveis

O fato de o marketing não ser uma ciência exata, o deixa bastante vulnerável às críticas, principalmente por parte dos que não conhecem a área.
Por mais que uma iniciativa de marketing cumpra os objetivos, nada pode garantir que não existiria outra medida ainda mais eficaz, da mesma forma que o não atingimento do que foi proposto também não pode ser um atestado de erro, visto que o mercado pode ter se retraído ou a concorrência investido mais fortemente.
Outro tipo de crítica, essa mais ligada à publicidade, é a que se utiliza do exagero do “politicamente correto” para condenar alguns anúncios.
Reparem que ambas as situações descritas acima, envolvem um alto grau de subjetividade e, certamente, nunca terão uma unanimidade de avaliação.
Isso não significa que a área de marketing não cometa erros, claro que comete, daí a inspiração para o título do artigo, que listará a seguir alguns erros indiscutíveis.
- Em dezembro de 2011, o jornal New York Times fez uma campanha de email marketing direcionada aos leitores que tinham cancelado a assinatura do jornal e como forma de convencimento para a reversão, ofereceu um significativo desconto. 
A iniciativa em si é mais um daqueles casos que podem suscitar discussões sobre sua eficácia, até porque, uma bem treinada área de retenção talvez evitasse o cancelamento, ou não.
Entretanto, o ponto que levou a ação ser considerada um erro indiscutível foi sua execução, que ao invés de enviar a comunicação apenas ao público-alvo, enviou para toda base de clientes, deixando esses insatisfeitos com a regalia aos “desertores”.

- A Bic, ciente de sua vantagem competitiva no que tange à distribuição, desenvolveu um ótimo perfume para ser vendido em supermercados por um preço equivalente a 20% dos bons perfumes, porém a iniciativa redundou num fracasso de vendas.
De fato, boa distribuição, preço competitivo e margem são atributos importantes, todavia para certos produtos como perfume podem passar a percepção de um bem com pouca qualidade.
Empresas que atuam ou se utilizam do segmento esportivo também contribuem para nossa lista de equívocos.
- A Danette ao querer fazer uma brincadeira com o São Paulo que tinha sido eliminado pelo Atlético MG ao perder por 4 x 1 na Copa Libertadores de 2013, fez um anúncio em rede social com o seguinte teor “Poderia ser Danette, mas foi um chocolate no seu time de coração.
As reações levaram a empresa a retirar a peça do ar.
Evidentemente, o responsável pela elaboração da peça não considerou o quão grande é a paixão dos torcedores por seus times.
- A Nike, como forma de homenagear a equipe de futebol americano do Carolina Panthers, produziu uma camiseta promocional que trazia a logo do time e as iniciais do estado NC – North Caroline – sobre o mapa do mesmo, contudo, o designer utilizou o mapa do estado de South Caroline.
Ao ser alertada sobre o erro, a empresa tirou o produto de venda sob chuva de manifestações de revolta.
Antes de finalizar, é importante ressaltar que erros, indiscutíveis ou não, não fazem de quem os cometeu, profissionais ruins, tal julgamento dependerá da reação dos mesmos e da série histórica de realizações.





Um comentário:

  1. O erro da Nike foi um erro grosseiro. Em essência como estratégia até classifico como acerto tendo em vista que diante da "cagada" tomaram a DECISÃO correta de retirar o produto de venda.

    Os outros 3 foram mesmo erros estratégicos, falhas inequívocas do marketing, ainda que mesmo sentido na pele alguma métrica deva ter sido aproveitada.

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