terça-feira, 1 de novembro de 2016

Cigarro não!

O goleiro tricolor Félix, tricampeão do mundo e com vários títulos conquistados pelo Fluminense foi um dos maiores ídolos que tive na minha infância.
Suas defesas e a identificação com o Fluminense ficarão marcados para sempre na memória dos torcedores que o viram jogar e/ou ouviram histórias a seu respeito.
É uma pena que na época em que ele jogou não havia internet, redes sociais e nem os meios de comunicação eram tão abrangentes como hoje, se assim fosse, tenho certeza que seu reconhecimento seria muito maior. 
Confesso que sempre desejei escrever sobre o Félix aqui nesse blog, mas infelizmente não fui perspicaz o suficiente para encontrar algum tema ligado à gestão e/ou marketing que pudesse citá-lo, até que tive a ideia de escrever sobre o tabagismo no esporte sob o prisma de marketing.
Como deve ser sabido por todos, nosso goleiro, assim como tantos outros atletas, era um fumante inveterado, o que pode ter sido responsável pelo seu enfisema pulmonar.
Peço desculpas aos que fumam, mas definitivamente o tabaco não combina com a vida, muito menos com o esporte.
Apesar dessa certeza, são inúmeros os casos de esportistas que fazem uso do cigarro, mesmo cientes de que isso afeta o desempenho esportivo e, obviamente, prejudica a saúde.
Hoje então, com o avanço da ciência e estudos mais embasados, não existem mais dúvidas dos malefícios dessa droga.
Anteriormente, até por uma questão de desconhecimento, tal vício era mais tolerado, além do que, não havia restrições ao fumo, aliás, era até incentivada.
Até nos Jogos Olímpicos o cigarro esteve presente, já que em Tokyo 1964 o cigarro Olympias foi um de seus patrocinadores. Nos Jogos de Inverno de 1968, em Grenobile na França, estiveram presentes como patrocinadores mais duas marcas desse segmento.
Vimos ainda o chinês Liu Xiang, medalha de ouro nos 110 m com barreira em Atenas ter como um de seus patrocinadores a marca Baisha, líder no mercado de cigarros na China.
Felizmente, nos dias atuais as medidas restritivas ao fumo estão bastante rígidas no que tange ao COI e as Federações que regem as modalidades esportivas no mundo, que não toleram nenhuma espécie de patrocínio por parte de marcas dessa indústria.
Mas ainda é pouco e não se trata aqui de fazer apologia contra o livre arbítrio, e sim de preservar a própria saúde e a das pessoas ao redor.
Seria muito importante que ídolos do esporte – ou até do segmento de cultura -, não só não fizessem uso do cigarro, mas também “encaixassem” de alguma forma em seus testemunhais o quão salutar e importante é não fumar.
Dessa forma, além de prestarem um ótimo serviço à sociedade, já que são exemplos e referências para os mais jovens, ajudariam a mantê-los mais tempo em nosso convívio, assim como também contribuiria para a longevidade dos que, mesmo não sendo celebridades perante à mídia, são ídolos para seus filhos.
A propósito, o meu maior ídolo também fumava.
Saudades! Muitas saudades!



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